Foto de Rancho Folclórico de Silvares - Beira Baixa.

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Foto de Rádio Cova da Beira.

 

A empresa que vai construir o centro de recolha de madeira em Silvares já entregou na Câmara Municipal do Fundão o pedido para ocupar quase metade da área do loteamento industrial do Souto, inaugurado em Dezembro de 2015, localizado naquela vila do concelho.

A informação foi veiculada pelo presidente da câmara municipal do Fundão durante a sessão comemorativa do 22º aniversário da elevação e Silvares a vila, que decorreu no domingo.
“A candidatura para ficarem com cerca de 20 mil metros quadrados foi-nos enviada na semana passada. Estamos a analisar o processo, mas sei que há um conjunto de postos de trabalho directos, ainda por definir estão os indirectos que são fundamentais para alimentar o centro de recolha. Pode-se estar aqui a criar uma nova economia ligada à floresta que passa por recolher o quadro da biomassa, fazer limpeza, para vender à central de biomassa. É uma nova oportunidade que se abre nesta região”, disse o autarca.

O centro tem como funções a recolha de madeira, de destroçamento e a parte logística, assim como, todo o quadro de transporte para a central de biomassa, que ficará localizada na zona industrial do Fundão.

De acordo com o presidente da câmara municipal do Fundão, a empresa pretende construir o centro e definir todo o modelo de recolha antes da construção da central “porque no dia em que estiver concluída precisa de matéria-prima”. O cronograma de construção da unidade aponta para um perídio de um ano e oito meses “o que significa que durante os próximos tempos, curtos, irão iniciar todo o processo de forma estar oleado no dia em que a central de biomassa iniciar a laboração”, explica Paulo Fernandes.

O presidente da autarquia fundanense anunciou ainda ser intenção do município criar, também no parque industrial de Silvares, uma incubadora florestal

“ Pretende fazer o mesmo que fazemos nas incubadoras para as áreas agroalimentares, tecnológicas, para as startups, para as jovens empresas, mas orientada para as componentes florestais. Precisamos de incubar negócios na floresta e temos que os apoiar. Vamos contruir em módulos um pavilhão, o primeiro com cerca de dois mil metros quadrados, que terá espaços para alugar e estamos a pensar construir uma unidade de transformação do mel de alguma dimensão”, frisa.
O edil fundanense aponta ainda a necessidade de se olhar para outras fileiras

“A fileira ligada ao medronho onde não temos uma única empresa licenciada que hoje faça a certificação dos produtos transformados (licores ou aguardente) são duas áreas que queremos trabalhar. Depois, a componente ligada ao turismo natureza com a possibilidade da criação de empresas de animação turística. Temos aqui a grande Rota do Zêzere e registámos a presença de mais de mil pessoas que pernoitaram no hostel da Casa da Mina. A rota é uma grande oportunidade”, conclui.

Recorde-se que a central de biomassa do Fundão foi aprovado em Julho de 2016 pela Secretaria de Estado da Energia, com uma potência de 15 MW. O investimento global, de 50 milhões de euros, é da empresa Central de Biomassa do Fundão, Lda. A central fica instalada na zona de expansão da zona industrial do Fundão e representa “o maior investimento privado captado para co concelho do Fundão”, refere o presidente da CMF.

In Radio Cova da Beira