Foto de Rádio Cova da Beira.

 

A decisão foi tomada no fim de semana durante uma sessão pública que reuniu meia centena de pessoas no salão da junta de freguesia de onde saiu também um abaixo-assinado contra o encerramento do balcão da CGD naquela vila.

"Ficou definido que se avançasse imediatamente com a recolha de assinaturas no contexto inter regional que este problema traz, e simultaneamente uma manifestação pública, sendo que a primeira a fazer em Silvares, sendo que a data que reuniu mais consenso e que pode ser mais mobilizadora para as pessoas foi o 25 de Abril”, resumiu, no final o presidente da câmara do Fundão.

Outra das linhas de acção que ficou decidida foi a de elevar o protesto à escala nacional, concertando acções entre as autarquias onde está previsto o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos “a procura de acções concertadas a nível nacional, nomeadamente municípios, juntas de freguesia e também propus que as associações comerciais se mobilizassem para criarem uma agenda de contestação relativamente aos efeitos que estas acções têm, tão daninhas para as pessoas e empresas, e para esta nossa luta ser mais consistente”.

O presidente da câmara municipal do Fundão, Paulo Fernandes, reuniu na passada semana com a administração central da CGD e com a direcção de zona em Coimbra onde ficou a saber que o balcão de Silvares gere 30 milhões de euros em activos, sendo um balcão economicamente sustentável, o que torna ainda mais incompreensível a decisão de encerrar “é lucrativo, é sustentável, mas é para fechar”.

Apesar de ainda faltar uma resposta definitiva, que deverá chegar esta semana, o autarca não tem esperança que o processo seja revertido nesta fase “há de facto uma decisão definitiva para tomar relativamente a este assunto que, mal a tenha, comunicarei a toda a comunidade, sendo que, infelizmente, não tenho grandes esperanças que a decisão seja revertível nesta fase”.

A autarca de Aldeia de S. Francisco de Assis, Joana Campos, deixou a garantia que a Beralt tin e a comunidade mineira estão solidários com esta luta, “eles não estão aqui mas vão participar nesta luta”. A presidente da junta de freguesia de Silvares, Carina Batista, considerou a situação injusta na medida em que os critérios para o encerramento de balões "são feitos à medida".

O presidente da associação comercial e industrial do concelho do Fundão, Carlos São Martinho, disse que o protesto não se pode ficar pelo abaixo assinado e manifestação e que são necessárias medidas mais imaginativas, “a luta não pode ser branda”, frisou o dirigente associativo que falou também na qualidade de silvarense.

Conceição Martins, presidente da concelhia socialista falou da necessidade de sair já do encontro o abaixo-assinado que agora vai circular pela região e estará disponível, nomeadamente nas juntas de freguesia de toda a zona do pinhal “o concelho do Fundão e o concelho da Covilhã, pela proximidade e vivência destes territórios, deve tomar uma atitude para dar visibilidade aquilo que são os interesses das pessoas que aqui estão”.

 

In Radio Cova da Beira Por Paula Brito em 10 de Abril de 2017